5/02/2010
Feios, porcos e maus
Um taxista porco, verdadeiramente cevado. Uma mistura de Kenny Rogers com um sem-abrigo. Umas patilhas enormes, prontas a capturar os restos do almoço, geralmente uma sandes de torresmo ali na tasca da Praça do Chile. Como sempre, acredito em não fazer julgamentos a-priori, mesmo quando se percebe que o cheiro a vinho dentro do taxi é mesmo da casa, e não Quinta de Pancas. Afinal, nem todos os taxistas têm uma moldura digital no lugar do GPS, a passar em loop fotos do neto a tomar banho. Eu até esperava um velhote de bom fundo, filho de uma vida madrasta, temente a Deus ou à Nossa Senhora do Tablier - Santa francesa, mas sem relação a Nossa Senhora de Lourdes - , metido consigo, humilde. Mas não. Acabou-se a calma assim que uma desgraçada deixou uma décima-quarta parte da traseira em cima da faixa. Fiquei rapidamente a perceber que assim que uma mulher faz uma incorrecção na condução, é automaticamente profissional de rua e está a pedi-las, e para rematar, é apelidada de "mijona". Mijona. Acho que os meus olhos reviraram 3 vezes sem querer e ele viu pelo retrovisor.
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