5/04/2010

Livro de reclamações

Apanhei um taxista fechado. Não abriu a boca. Não foi rude, nem mal educado. Não me disse que tinha uma amante mulata na Amadora há anos e que têm um filho que já anda no sétimo ano e que até tem boas notas. Não me disse onde é que o deputado X vai almoçar prolongadamente todos os dias, à conta do povinho. Não me disse que isto anda mal, que a crise tá a dar cabo de tudo e que a culpa é do Sócrates, do 25 de Abril, dos Champalimauds, das Testemunhas de Jeová ou das criançolas com aquele cabelo lambido, colado à cara. Não chamou camelo-do-caralho ao gajo que quase ia arrancando a frente do taxi.
Não faz dele um gajo civilizado, porém. Quero o meu dinheiro de volta, não é para isto que ando de taxi.

3 comments:

  1. haahaha :P
    Adorei o post.

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  2. Que taxista tão pãozinho sem sal.

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  3. Direi che certe cose non si fanno! Poi fatto e che la persona di colore....lo ha acanto a se stesso...hahaha se immagini che una volta diceva che le persone di colore non e sua roba...beaahh, un mondo dei bugiardi!.

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